Revista Ações Legais - page 6-7

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Editora
NCA Comunicação
Jornalista responsável
Maria Isabel Ritzmann
MTB 5838
Redação
Ana Maria Ferrarini
Heloisa Rego
Tatiana de Oliveira
Zinho Gomes
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EXPEDIENTE
EDITORIAL
Uma atitude de todos para o
bem-estar da vida urbana.
R
ecentemente em Brasília, foi realizado o encontro nacional do Judiciário. Em um
dos painéis, os participantes discutiram o futuro da Justiça segundo a Magistratu-
ra. Uma das conclusões foi que o Judiciário deve se preocupar com o aperfeiçoa-
mento contínuo de políticas e de modelos de gestão, investindo em soluções democráti-
cas e criativas, para continuar fomentando uma sociedade mais justa e pacífica.
O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Antônio César Boche-
nek, afirmou que é preciso uma transformação para se atingir a efetividade das decisões
do Judiciário. De acordo com ele, isso passa pelo aprimoramento constante e pela evo-
lução do planejamento estratégico e de medidas de gestão que são fundamentais para
desenvolvermos ideias inovadoras e criativas que produzam melhores resultados.
No encontro também foi discutida a necessidade de reduzir a cultura de judicialização,
tanto em relação aos maiores litigantes, que usam a Justiça para atrasar o reconhecimen-
to de direitos, quanto em relação às demandas individuais viabilizadas pelo grande núme-
ro de advogados no país. Essas demandas devem ser solucionadas de forma consensual
ou coletiva sempre que possível. Os magistrados avaliaram que o Judiciário deve contri-
buir para essa mudança de cultura por meio de seu trabalho na jurisdição ou participando
ativamente em novas formulações no processo político e legislativo.
Também entraram em discussão a democratização do Judiciário e a necessidade de par-
ticipação dos juízes na definição de políticas e objetivos. A ideia é garantir não apenas o
cumprimento de metas quantitativas, mas garantir a efetividade de decisões. Um dos
pontos elogiados nesse sentido foi a Política de Priorização do Primeiro Grau do Conselho
Nacional de Justiça – CNJ. A juíza Maria Rita Garcia, da Associação Nacional dos Magis-
trados da Justiça do Trabalho - Anamatra, afirmou que tão importante quanto a concreti-
zação dessa política é que CNJ zele pela sua devida implementação e cumprimento, com
a incorporação do conceito de governança colaborativa nos tribunais e com o favoreci-
mento da descentralização administrativa para garantir um Judiciário forte e eficiente.
Os presentes destacaram o papel do CNJ para a organização do Judiciário e no apoio para
solucionar questões que influenciam a prestação jurisdicional, como a saúde dos magis-
trados e a digitalização processual. Também apontaram a necessidade de capacitação em
gestão para dar vazão à crescente demanda social. O representante da Associação dos
Magistrados Brasileiros - AMB, juiz Gil Guerra, comentou: “Saímos de uma geração de juí-
zes que trabalhavam de forma artesanal na confecção das sentenças para a era do gestor
que precisa conhecer a dinâmica do seu gabinete e que precisa aprender a trabalhar com
cooperação de uma assessoria técnica”.
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