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instituto, como convidado de honra. Em discurso emocionado, o presidente do IAP, Hélio
Gomes Coelho Júnior, leu para os presentes uma carta dirigida a Pamphilo d´Assumpção,
expressando-lhe gratidão e a promessa de que o Instituto seguirá com a nobre vocação
de zelar pela cultura jurídica e prestígio da Justiça e da Advocacia, como lhe determina o
Estatuto centenário.
Gomes Coelho lançou mão da voz de Maria Bethânia para brindar os presentes com o
poema Ultimatum, escrito por Fernando Pessoa sob o heterônimo de Álvaro de Campos
justamente em 1917, ano de fundação do Instituto. A poesia veio à baila na medida em
que ela, escrita um século atrás, é de incômoda atualidade, a indicar que o Brasil precisa
urgente de uma inteligência nova, mandando tudo que está por aí “para casa descascar
batatas simbólicas”.
Ao ensejo, também usou da palavra o presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo
de Noronha, que destacou os laços das duas entidades e o vigor do IAP. “O Instituto tem
história, mas não vive do passado. Sabe responder aos desafios de hoje. Adere ao espírito
do tempo presente, mas é inflexível em seus valores”, pontuou.
O poema é aquele que diz:
“Monte de tijolos com pretensões a casa
Inútil luxo, megalomania triunfante
E tu, Brasil, blague de Pedro Álvares Cabral
Que nem te queria descobrir”