Livro aborda o lobby no ordenamento jurídico

O livro “Lobby: estudo comparado e necessidade de regulamentação do instituto no ordenamento jurídico brasileiro” (Marcial Pons, 324 páginas), de Conrado Almeida Corrêa Gontijo, versa sobre o instituto do lobby e sobre a necessidade de que ele seja objeto de regulamentação na ordem jurídica brasileira

O trabalho tem início com a análise das características elementares do lobby, sua história, a expansão de sua relevância nas últimas décadas, sua importância para a efetivação de importantes valores democráticos, os mecanismos de atuação dos lobistas e os problemas que eles podem criar para a administração pública.

Passa-se então a demonstrar que é essencial, para que se assegure a moralidade, a probidade e a transparência nas inevitáveis relações entre os lobistas e os agentes públicos, a criação de parâmetros normativos para a sua realização, medida que tem sido adotada em diversas nações mundo afora. Em seguida, o lobby é examinado, sob o viés do direito comparado, nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido, no Chile e na União Europeia.

Posteriormente faz-se incursão na realidade política e jurídica brasileira, tendo-se em conta os preceitos constitucionais que albergam a atuação dos lobistas e que exigem seja ela realizada com ampla transparência; dos projetos legislativos que objetivam regulamentar a atuação dos lobistas e das ferramentas de controle que, em nossa visão, devem ser contempladas no Brasil.

Ademais, examina-se a relação e a distinção entre o lobby e os tipos penais de corrupção, prevaricação, advocacia administrativa, tráfico de influência e exploração de prestígio e apresentam-se propostas de reformulação legislativa, com vistas à promoção da racionalidade do sistema jurídico-penal nacional.

Por fim, propõe-se a tipificação penal dos comportamentos praticados em contexto de lobby que, em nosso entender, devam ser sancionados na ordem jurídica brasileira.

Foto: Divulgação
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