Edson Vidal

Quando Falta Coragem.

Não adianta apontar a falta de decoro e nem a atividade política dos membros do STF, quando falta coragem para os senadores instaurarem processos de impeachment a fim de acabar com a ditadura do Poder Judiciário. Enquanto isto o Xandão continua sendo a figura de proa, como foi Torquemada na época da Inquisição, caçando bruxas imaginárias e impondo medo e terror em quem se rebelar contra o atual governo federal. E pensar que o Barroso, o homem das mil faces e trejeitos, assumirá brevemente a presidência do principal Tribunal do Brasil sem nenhum decoro e com intenção de empreender como modelo e conduta de politicagem no  âmbito do Judiciário. Ele próprio já declarou na imprensa esta sua intenção. Vamos assistir o que já estamos assistindo, mas em dose dupla, os Juízes fazendo política partidária e com autorização de ostentarem  em suas togas, como os esculápios estão fazendo nas mangas de seus jalecos, o símbolo de seus partidos políticos ou, até mesmo, bordado nas mesmas figuras da foice  e do martelo. E não será nenhum absurdo pois tem já tem juíza que assessora o Fachin postando no Facebook seu retrato cozinhando, vestida com avental do MST e boné da mesma quadrilha. Sem esquecer  do Juiz federal que sucedeu o Moro e que se diz Lulapetista de carteirinha. E não são os únicos pois tem muita gente enrustida que se esconde dentro de armários. Sinceramente não sei o que passa na cabeça dessa gente que ao invés de zelar pelo cumprimento das leis e o respeito pela toga que veste, preferem conviver com politiqueiros e bajular ministros dos Tribunais Superiores para sonhar com acesso nas respectivas Cortes. E isto está ocorrendo há a olhos vistos, presentemente pelo elevado número de Magistrados estaduais que estão concorrendo nas vagas abertas no STJ. E sabidamente, no atual modelo, sem padrinho e sem o aval do Luiz Ignácio, ninguém chega lá. É uma especie de carreirismo explícito sem um pingo de decência própria. Esta é uma realidade cruel por se tratarem de magistrados e não de uma carreira profissional de menor importância para o país. Daí, porquê, é possível afirmar que a crise que o Brasil enfrenta é moral e ética, duas palavrinhas que comprometem a independência  e o respeito que dignificam os seres humanos… 

“Enquanto futebol for mais importante do que o país, a mediocridade comanda e os cidadãos perecem. A crise moral só acaba quando o povo acordar e exigir mudança. Enquanto isto a mesmice continua.” 

Atenção: As opiniões dos nossos colunistas, não expressam necessáriamente as opiniões da Revista Ações Legais.