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PÓS-PANDEMIDA DE COVID-19
PÓS-PANDEMIDA DE COVID-19
Vazamento de dados no
trabalho home office
A
adoção do teletrabalho pode trazer riscos quanto à proteção de dados de pes-
soas e clientes. Por isso, especialistas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
sugerem medidas para garantir que não haja vazamentos nem uso indevidos de
informações de terceiros. A segurança é fundamental, ainda mais pelo fato de que a LGPD
passa a vigorar em agosto.
Para o advogado Lucas Paglia, especialista em Proteção de Dados, a maioria das peque-
nas e médias empresas não está preparada para o trabalho home office. “Algumas me-
didas de segurança tem que ser tomadas, como a instalação de alguns mecanismos de
segurança da informação para evitar vazamento de dados”, explica Paglia. “Tem muita
empresa mandando os funcionários para casa sem laptop e com as CPUs (microcomputa-
dores de mesa) sem orientar qual rede de Wi-Fi pode ser acessada.”
Em alguns casos, conta Paglia, os funcionários “estão copiando e colando as pastas de
clientes com documentos sigilosos, sensíveis ou confidenciais nos seus desktop e levan-
do pra casa, colocando em Pen Drives que não são seguros ou tirando estas informações
da nuvem, que é um local seguro, porque não vão conseguir acessar à distância.
Rede segura em época de
teletrabalho
M
esmo antes da pandemia de coronavírus, o home office já vinha aumentado en-
tre os brasileiros. O país foi pioneiro há mais de 20 anos na implementação da
prática na América Latina e, segundo estudo da Academia Internacional para a
Transformação do Trabalho para a América Latina e o Caribe (ITA-ALC), ele é o segundo
da região com mais funcionários trabalhando de casa, quase 15 milhões de pessoas. Está
atrás apenas da Argentina, com meio milhão. Porém, desde o início das medidas de iso-
lamento social no Brasil, o número de trabalhadores remotos cresceu. Hoje cerca de 43%
das empresas aderiram, ainda que temporariamente, ao home office.
O sistema, no entanto, acende um alerta quanto à segurança das redes corporativas.
Com tantas pessoas acessando-as de casa, o risco de ataques de hackers é maior, exigin-
do canais de comunicação e colaboração de menores riscos. Além das fraudes já conhe-
cidas, os criminosos estão usando a COVID-19 para aplicar novos golpes. Por isto é mais
importante do que nunca adotar as melhores práticas da proteção digital e compartilhar
com seus funcionários algumas orientações:
Verifique se os sites têm os certificados TLS / SSL
Ao navegar na internet da sua casa, sempre verifique se o site que você está acessando é
seguro e autenticado. É bem fácil fazer isto, basta clicar no cadeado que aparece na barra
de navegação e automaticamente aparecerá as informações que atestam se ele é confi-
ável ou não. Os sites devem ter o certificado TLS (Transport Layer Security) / SSL (Secure
Sockets Layer), que é uma tecnologia padrão usada para manter uma conexão à internet
com menos riscos e proteger todos os dados confidenciais enviados entre dois sistemas.
Mantenha sua rede protegida
A rede doméstica, comparada a uma corporativa, costuma ser menos segura. Isto porque
ela geralmente não tem o Sistema de Detecção de Intrusão (IDS) e o Sistema de Preven-
ção de Intrusão (IPS), que protegem contra cibercriminosos. Um ambiente invadido pode
significar acesso ao sistema por usuários não autorizados. Elimine essa chance controlando
quem pode acessá-la. Use a autenticação multifator (MFA) para garantir que apenas usuá-
rios autorizados possam entrar em sistemas controlados, como a plataforma corporativa.