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ENCONTRO
Caso jurídico de 1761 foi
tema de palestra promovida
pela CAA-PR
Q
ual a relação de um caso francês
de 1761 com os dias atuais? Este foi
o questionamento inicial da pales-
tra “Caso Calas”, promovida pela Caixa de
Assistência dos Advogados do Paraná no
Edifício Maringá, no dia 21 de junho, em
Curitiba. A professora de Cultura e Patrimô-
nio Histórico do Solar do Rosário, da FAE
Sênior e bacharel em Direito, Letícia Geral-
di Ghesti, foi a palestrante convidada que
abordou o “Caso Calas” no evento que foi
conduzido pela secretária-geral da CAA-PR,
Márcia Helena Bader Maluf Heisler e teve
participação da diretoria Iolanda Gomes.
A palestrante apresentou o caso do comer-
ciante francês Jean Calas, que professava
a fé protestante e foi injustamente julgado
sem provas, com acusações baseadas em boatos, e condenado à morte em um período
marcado por conflitos religiosos. Após a sentença condenatória, o filósofo francês Vol-
taire advogou pela revisão do processo, descrevendo o situação no 1º capítulo do livro
“Tratado sobre a Tolerância”.
“Percebi que a maioria compareceu sem saber o que era o caso Calas e no fim as pessoas
ficaram interessadas, inclusive em ler o livro de Voltaire. Teve todo um contexto histó-
rico da época que levou ao julgamento e foi interessante a ligação que fizeram sobre a
situação de 1761 e os dias atuais, que tem relação com terrorismo, intolerância, política.
Surgiram perguntas e colocações pertinentes que geraram novas discussões, o que de-
monstra a atualidade do caso”, avaliou Letícia Geraldi Ghesti. “Foi muito positivo e supe-
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