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A Humanidade Contra as Cordas:
a luta da sociedade global pela
sustentabilidade
Eduardo Felipe Matias, Editora Paz e
Terra, 378 páginas, R$ 40,00
O livro A humanidade contra as cordas:
a luta da sociedade global pela susten-
tabilidade é um dos vencedores do
Prêmio Jabuti de 2015. A obra ficou em
2º lugar na categoria Economia e Ne-
gócios – os três primeiros colocados
ganham a cobiçada estatueta. O autor
já havia vencido o Jabuti na edição de
2006 como título A humanidade e suas
fronteiras: do Estado soberano à socie-
dade global.
Na obra, o autor trata de questõesmais
do que nunca em evidência neste mo-
mento em que o Brasil tenta entender
as causas do desastre ambiental em
Mariana e a comunidade internacional
se prepara para celebrar um novo acordo global contra as mudanças climáticas na COP-
21, em Paris. Ele analisa o desafio socioambiental sob a ótica da crise financeira, mos-
trando que se originamda mesmamentalidade predatória e dos mesmos incentivos per-
versos. Ao relacionar a sustentabilidade à globalização, o autor disseca a natureza e a
governança corporativa das empresas, explicando como estas podem ser pressionadas
e persuadidas a se tornarem, elas mesmas, agentes transformadores. Avalia também
o papel do Estado e sua responsabilidade em criar, inclusive por meio de instrumentos
internacionais, estímulos capazes de reverter o quadro atual e promover a economia
verde, e analisa os diversos mecanismos – com o uso das redes sociais, a tributação das
emissões de carbono e o estímulo a inovação tecnológica – que podem contribuir para
uma governança global mais efetiva.
Eduardo Felipe Matias é autor de mais de 100 artigos publicados em diversos meios de
comunicação, Eduardo Felipe Matias é doutor em Direito Internacional pela USP, com
pós-doutorado na Espanha pela IESE Business School, visiting scholar na Columbia Uni-
versity, em Nova York e mestre em Direito Internacional pela Universidade de Paris II.
Economia Compartilhada
Robin Chase, Editora HSM Educação
Executiva, 336 páginas, R$ 59,00
O livro “Economia Compartilhada”, de
autoria de Robin Chase, cofundadora
da Zipcar, fala sobre a reinvençãodo ca-
pitalismo por meio de pessoas e plata-
formas colaborativas. A obra defende
os benefícios do modelo em que com-
panhias e indivíduos trabalham juntos
para vender produtos e serviços. Para
a professora, o Google, o Facebook, o
Youtube, o Waze, o Whatsapp e Uber
são algumas empresas que fazem par-
te dessa transformação da economia.
Robin Chase também acredita que
uma capacidade excedente associada
a uma plataforma de participação e
pessoas forma uma estrutura de eco-
nomia compartilhada, a qual chama de
Peers Inc, que combina omelhor poder
das pessoas e do ambiente corporativo.
A “Inc” se encarrega dos pontos fortes corporativos (que requerem escala e recursos
consideráveis) e os “Peers” diz respeito aos pontos fortes das pessoas (adaptação lo-
cal, especialização, customização). Quando as Incs e os peers só se concentram no que
sabem fazer melhor, cada um se encarregando do que seria difícil, irritante ou simples-
mente impossível para o outro, a colaboração resultante é muito interessante e até
pode chegar a ser milagrosa.
Em um mundo de escassez, as organizações da Peers Inc criam a abundância. Usando
recursos que já possuem – ativos físicos, habilidades, redes, dispositivos, dados, expe-
riências, processos –, essas organizações crescem com eficiência e por vezes exponen-
cialmente.
Essa nova concepção transforma a visão dos ativos – exclusivos versus compartilha-
dos, privados versus públicos, de uso comercial versus de utilização pessoal – e requer
repensar regulamentações, condições de seguros e governança. A economia comparti-
lhada revoluciona as regras da criação de valor: recursos compartilhados possibilitam as
maiores eficiências, mentes pensando juntas criam as maiores inovações.
ESPAÇO DAS LETRAS