Revista Ações Legais - page 121

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FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO
Paraná. Sem duvida um dos maiores escândalos envolvendo políticos, agentes públicos e
empresários ávidos pelo lucro fácil.
No final de dezembro os diretores da Odebrechet firmaram perante o Ministério Público
Federal delações premiadas que foram remetidas para as devidas apreciações e homolo-
gações do nominado Relator. Como neste mês os Tribunais Superiores detém o privilégio
de terem férias coletivas, o ministro Teori impôs segredo absoluto nos documentos re-
cebidos, que ficaram em uma sala especial do prédio do Supremo, permitindo seu manu-
seio exclusivamente pelos Juízes que o assessoram. No retorno das férias o teor sigiloso
dessas delações, se homologadas, viriam à baila para amplo conhecimento da sociedade.
Figuras carimbadas da política e outros enrustidos e daninhos para a vida pública, com
certeza seriam desmascarados e continuariam a protestar inocência perante governos
estrangeiros de nenhuma credibilidade, bem como junto à Assembleia Geral da ONU.
Manobras de indivíduos reconhecidamente corruptos que querem continuar a afrontar
o Direito e a Justiça. As expectativas dessas revelações estavam crescendo com o passar
dos dias de Janeiro.
O ministro Teori Zavaski teria que decidir a sorte de todos os envolvidos, fosse qual fosse
a decisão a ser tomada. O Brasil entraria em efervescência social, pois as catervas de in-
divíduos inescrupulosos sempre contam com os movimentos sociais para defendê-los e a
ideologia ultrapassada para justificar os seus atos de lesa a Pátria. De repente o inespera-
do aconteceu: o avião particular em que o Ministro viajava, caiu!
Ele morreu. Com tantos fatos pretéritos acontecidos e que não foram explicados, como
as mortes de Prefeito na região da Grande São Paulo e de candidato à Presidência da Re-
pública, fora outros acontecimentos de menor repercussão, de ameaças de morte alar-
deadas no WhatsApp por petistas, sindicalistas e guerrilheiros sem terras contra Juízes e
Promotores deixa uma dúvida sobre o acidente aéreo em questão.
Cabe ao Governo Federal na pessoa do presidente da República exigir que o seu ministro
da Justiça mobilize toda a estrutura policial federal no sentido de investigar com o mais
absoluto rigor, a fim de esclarecer pormenorizadamente as circunstâncias da queda da
aeronave que vitimou o ministro Zavaski.
O Brasil não pode acordar e nem viver com dúvidas. Se no final da apuração ficar demons-
trado por "a" e mais "b" que a queda foi simples obra do destino, pelo menos restará
lamentar a morte acidental de um Juiz. Até que não fiquem esclarecidas muito bem as
circunstâncias do indigitado acidente, a nossa Toga estará de luto fechado!
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