Revista Ações Legais - page 13

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sa telefônica entre Lula e a então presidenta
Dilma Rousseff, que havia sido divulgada pelo
juiz federal Sergio Moro, responsável pela
Lava Jato na primeira instância. Foi a primeira
vez que o STF anulou uma prova da Lava Jato.
Na decisão, o ministro entendeu que a escu-
ta deveria ser retirada do processo porque foi
gravada pela Polícia Federal após a decisão de
SérgioMoro de suspender o monitoramento..
Conforme o entendimento de Zavascki, Moro
usurpou a competência do Supremo, ao le-
vantar o sigilo das conversas.
No fim de 2016, Zavascki disse que trabalharia
durante o recesso da Corte para analisar os 77 depoimentos da delação premiada de exe-
cutivos da empreiteira Odebrecht que chegaram em dezembro ao tribunal. Sobre as crí-
ticas recorrentes de demora da Corte em analisar processos penais, Teori disse que "seu
trabalho estava em dia".
Em 17 de janeiro deste ano, Zavascki determinou as primeiras diligências nas petições que
tratam da homologação dos acordos de delação premiada de executivos da Odebrecht.
O conteúdo das decisões não foi divulgado em razão do segredo de Justiça imposto às
investigações.
Entre os depoimentos dos delatores, figura o do empresário Marcelo Odebrecht, con-
denado pelo juiz federal Sérgio Moro a 19 anos e quatro meses de prisão por crimes de
corrupção passiva, associação criminosa e
lavagem de dinheiro na Lava Jato.
Durante seu trabalho na Lava Jato, Teori
chegou a criticar a imprensa. Ele disse que
decisões sem o glamour da Lava Jato, ope-
ração na qual ele foi relator dos processos
na Corte, muitas vezes mereceram pouca
atenção da mídia. Ele também relativizou
os benefícios do foro privilegiado, norma
pela qual políticos e agentes públicos só
podem ser julgados pelo STF.
“Espero que todos
os bons momentos
apaguem minha
fama de apontador
ou cobrador das
pequenas coisas”
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