34
por críticas a diversas situações que compõem o contexto político e social do Brasil. Ele
chamou a atenção para o corte de orçamento para políticas junto a comunidades quilom-
bolas. Criticou com vigor o estado da Segurança Pública em geral e a intervenção no Rio
de Janeiro em particular.
Patriota destacou o perigo que representam os caminhos de criminalização dos movi-
mentos sociais e dos sem posses. Ele salientou ainda que na esteira da radicalização do
debate político e do combate ao crime tem-se confundido o advogado com a figura de
seus clientes, criminalizando o exercício profissional. “É nesse contexto que a advocacia
brasileira, sob a liderança de Claudio Lamachia, é desafiada a reafirmar o compromisso
existencial com os direitos humanos porque uma sociedade que não observa os direi-
tos humanos não é democrática. A Ordem deve ser a última trincheira a abrir mão dos
direitos humanos. Precisamos dizer para a sociedade brasileira a dimensão dos direitos
humanos. Sem eles, não somos sequer pessoas, não temos identidade, e é por eles que
estamos aqui. Sem direitos humanos não há espaço para a advocacia e não há espaço
para a democracia”, afirmou Patriota.
Anfitrião
O presidente da OAB do Ceará, MarceloMota, anfitrião do evento, citouMahatma Gandhi
na abertura de seu discurso: “Olho por olho e o mundo acabará cego”. Para o advogado,
o contexto do mundo atual nos chama a refletir ainda mais a respeito dessa célebre frase,
pois a violência, a intolerância, o desamor e o discurso pautado no ódio são uma constan-
te cada vez mais crescente. “Ante essa realidade, pensar no reconhecimento de direitos
DIREITOS HUMANOS