O Ano Morto
S
e eu pudesse bem que gostaria de encontrar o mais Sábio dos homens para lhe fa-
zer uma única pergunta:
- Que ano foi este que está terminando?
Sim, porque a partir de hoje estão faltando cento e trinta e quatro dias para iniciar o ano
de 2.021 e pelo visto o planeta azul parece que permaneceu o tempo todo parado. É ver-
dade que teve noites e dias; frio e calor; erupções vulcânicas; tsunamis; maremotos; tor-
nados; secas e vendavais. Mas faltou a alegria de pessoas nas ruas das grandes cidades,
aviões repletos de turistas voando sem parar, navios de luxo singrando os mares, praias
lotadas de banhistas e o movimento incessante dos trabalhadores na sua faina diária.
No entanto as pessoas sumiram, ficaram recolhidas e temerosas, só mesmo os que pre-
cisavam sair para rua é que tiveram de enfrentar o risco de adoecer. O ano perdeu desde
o início o seu brilho na medida em que a imprensa fomentou o desespero ao espalhar
notícias de morte causadas pelo Covid-19, um vírus indomado e fatal. Daí a crise política
que gerou dúvidas e incertezas. A terra parece que diminuiu seu movimento de rotação
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FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO
Por Edson Vidal