14
15
ção. Político com bastante voto não é sinô-
nimo de bom gestor. Vemos, de forma ge-
neralizada, um amadorismo. Não adianta
ter mais impostos pois vão continuar sen-
do mal gastos se não tiver gestão profissio-
nal”, disse.
O presidente do Sinduscon, Eugênio Gizzi,
exemplificou que o excesso de burocracia
na área imobiliária aumenta o custo dos
imóveis em 12%. “Aumento de carga tribu-
tária gera mais recessão, reduz a arrecada-
ção e gera um círculo difícil de sair. Temos
que fazer uma cruzada efetiva para quebrar
certos paradigmas, certos dogmas existen-
tes”, salientou.
“Nós sabemos a dificuldade hoje, os mala-
barismos que as empresas fazem para se
manter, e o governo deveria ter essa pre-
Minas Gerais e Santa Catarina já manifestaram o interesse em promover uma reação se-
melhante.
O presidente do Fecomércio, Darci Piana, destacou que o Paraná sai na frente dando
exemplo, mostrando a indignação do setor produtivo. “Chegou o momento da sociedade
civil organizada, liderada pela OAB, juntamente com todas as outras entidades aqui soma-
das defender nossos interesses. Não são interesses só dos empresários, produtores, mas
também dos trabalhadores, que vão pagar a conta. Vocês não têm ideia do número de
demissões na área do comércio e serviços e da redução de vendas. Os empresários estão
inseguros. Não temos uma liderança nacional ou estadual que nos dê uma visão de quem
em um curto, médio espaço de tempo haverá uma luz no fim do túnel”, disse. “Quando
falamos na questão do sistema “S”, vamos voltar ao nosso estado. Quando você fala em
retirar 2% do ICMS dos municípios, que são a base, a estrutura do estado, para criar um
fundo para pobreza. Porque o município não pode receber seu recurso? São factóides
que estão sendo criados para resolver problema de caixa e não da pobreza do estado”,
afirmou Piana, salientado que se espera mais conceito, mais ética, mais responsabilidade.
Crise
O presidente da FETIEP, Luiz Ary, iniciou sua manifestação afirmando que entende de
economia familiar e que se existe uma carga tributária em cima do empresário é quase
automático que o trabalhador vai pagar o dobro. “Precisamos construir outro país, com
respeito ao humano e saber se organizar e fiscalizar mais os gastos públicos. Hoje não se
fala emmilhões, hoje se falam de bilhões, muitos desviados pela corrupção e nós que pa-
gamos essa conta. Se o dinheiro que já está arrecadando fosse bem aplicado, aí acredito
que nem teríamos crise política e econômica”, afirmou Gim.
Em nome do IAP, o conselheiro federal da OAB Paraná, Hélio Gomes, sintetizou o sen-
timento coletivo, questionando os presentes sobre o que os governantes produziram,
apresentaram para sociedade neste ano. “É terrível e tem um gosto amargo perceber
que nossos governantes não têm compromisso com o povo. Já tem tempo que a socie-
dade não vive bem com o Estado. O Estado só foi feito para uma finalidade: permitir que
os cidadãos produzam e para que possamos buscar a felicidade. E hoje o Estado é o nosso
inferno enquanto cidadão, enquanto empresário”, afirmou.
Profissionalização
O superintendente do sistema Ocepar, José Roberto Ricken, reafirmou o sentimento de
indignação. “Estamos indignados pelo fato de as despesas aumentarem em progressão
geométrica o que torna inócuo o aumento da carga tributária. É preciso profissionaliza-
DESTAQUE