Revista Ações Legais - page 160

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FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO
Por Edson Vidal
Ciro, O Macho Brasileiro!!
O
Brasil apesar de estar atolado no lamaçal da corrupção por obra dos políticos profissionais
parece que também serve de cenário de ficção de história em quadrinhos. O falastrão Ciro
Gomes no alto de sua bizarrice anuncia abertamente pela Imprensa que não tem medo do
Juiz Sérgio Moro, desafiando-o para brigar!
A bazófia e insensatez de um indivíduo que foi governador do Ceará, Ministro de Estado, Congres-
sista e que se autointitula candidato à Presidente da República ao pronunciar tamanha asneira de
duas uma: ou está fora de si ou perdeu o senso do ridículo! Não existe outra explicação. Parece que
ele vive os tempos do Jerónimo, o Herói do Sertão, namorado da Aninha e que tinha uma coragem
invulgar ao enfrentar os perigosos cangaceiros que atormentavam a vida dos pobres nordestinos.
Só que o esse Ciro não é protagonista de ummundo irreal de histórias reproduzidas em gibi, ele exis-
te e se anuncia como cabra macho daqueles que habita o imaginário e se locupleta pela fanfarronice
teatral. Sim, pois é insano pensar que Juiz Togado no exercício de sua função jurisdicional possa ficar
à mercê de ameaças e se prestar a aceitar um duelo descabido. Parece um caldeirão de cretinice!
Embora eu me lembre de um duelo envolvendo um Promotor de Justiça da Comarca de Rolândia,
com o réu de um processo. Denunciado por ter agredido sua companheira ele foi interrogado pelo
Juiz no fórum, ato que contou com a presença do Promotor. Este uma figura ímpar, extrovertido, im-
previdente e brigão. Indignado porque o acusado agredira fisicamente a mulher produzindo nestas
lesões graves, decidiu assistir o interrogatório.
O interrogado era um negro musculoso e forte que impunha respeito pelo seu porte avantajado.
Intimidado por estar no fórum e na presença do Juiz optou por um comportamento aparentemente
dócil e respondia às perguntas com muita cautela, com certeza instruída pelo advogado de defesa.
Estava solto apesar da violência empregada contra a vítima, pois tinha emprego, residência fixa e
não tinha antecedentes criminais. O Promotor começou provocar o réu dando risada e demonstran-
do desdém a cada resposta que este dava.
Lá pelas tantas, já não suportando as ironias e trejeitos do agente Ministerial, o réu pediu respeitosa
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