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público, ele usufruía com todas as regalias e mordomias. Nesta última até os cavalos e
cuidadores eram “chapa branca”.
Vida boa e confortável, só bônus. Uma briguinha aqui, um soco que levava ali, mas nada
que o Fausto financeiro não resolvesse. Um dia a fonte secou: a água da transposição do
Rio São Francisco, obra porcamente planejada, esvaiu pelo ralo. E Perdeu a eleição! Por
quê? Esqueceu que os eleitores já não suportavam tanta soberba e o apoio explícito a um
perigoso ladrão alcunhado de “Jararaca”, foi à gota d’água que faltava para perder as
regalias oficiais.
E agora? Pensando no futuro, Collor só tem uma saída, eleger o candidato do PT para Pre-
sidente, podendo abiscoitar o cargo de Ministro da Justiça ou do Supremo Tribunal Fede-
ral; ou se associar com o baixo clero da esquerda festiva e promover a revolução no país.
E para bem se acomodar no “esquema” reforçou sua aliança com a Gleisi, Benedita, Lin-
denberg, Chico Buarque, a Rede Globo, a Folha de São Paulo, a Data Folha, o Rosinha, Ca-
etano Veloso e o Jean Wyllys e na pior das hipóteses, com a perda da eleição, vão fechar
o Supremo Tribunal Federal. Sim, pois se vão fazer uma revolução sangrenta para tomar
o Poder, por óbvio vão “fechar” o areópago da Justiça!
E o que será então que o Toffoli vai dizer é a Globo vai publicar? Eis o xis da questão e
o ponto de suspense desta história. Se o Supremo de portas abertas e funcionando se
importa tanto com que uns e outros falam, ameaçando aquela Casa desde a época do Jâ-
nio Quadros em se desfazer da mesma, como que seu camaleônico presidente vai reagir
quando ficar sem o emprego e for despido de sua Toga? “Ser ou não ser, eis a questão”.
Eu por ser o autor deste conto primaveril e para não deixar os leitores ansiosos, se fosse o
Stadler: deixaria o STF em paz e mandaria seus ministros para a Venezuela! E que os bons
paguem pelos maus colegas. O mais legal desta história é que ela tem alusões e mistérios
narrada como se fosse mais uma das “centúrias” de Nostradamus. Cada um interprete o
que escrevi como quiser...
“Se o PT perder a promessa é tomar o poder a qualquer custo. Os mais jovens esquerdis-
tas de jardim de infância, dizem que vão “resistir” ao “ele, não”. Acho que vai faltar papel
higiênico pra essa turma!”
FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO
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Por Edson Vidal
Contando mais Uma História de
Primavera
E
ra uma vez, não! Não, não e não! Iniciar uma história com as palavras de sempre é
muito aborrecido, chato, cafona; vou inovar, afinal sou um escritor moderno. Assim:
Era uma vez um homem que tinha por hábito pintar todo o cavalo branco com tinta
preta, ele era um aristocrata, temperamental e rude como todo “bon vivant”.
Desde o tempo da faculdade teve arroubos esquerdistas, próprio daqueles que fumam
charutos cubanos e frequentam o Country Club. Formado, nunca exerceu a profissão,
porque até hoje não sabe muito bem qual o curso superior que concluiu, nem lembra se
alguma vez assistiu alguma aula. Vivia fazendo política universitária, sempre sendo der-
rotado nos embates, mas nunca berrou. Bode que é meia boca, não berra! Com o anel
do grau no dedo, não sabia o que fazer na profissão que escolhera e optou pela política
profissional.
E encontrou-se. Collor, este é o nome do personagem principal da história, galgou car-
gos eletivos com sucesso, apaniguou seus incompetentes irmãos nos melhores cargos
comissionados e amealhou grande riqueza. Como conseguiu ninguém sabe explicar. Mas
nenhum bem móvel ou imóvel está em seu nome. É dólares, muitos dólares só de sua
rica mulher. Tinha uma ilha e uma área rural que apesar de pertencerem ao patrimônio
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