Revista Ações Legais - page 64

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balha para implementar cada uma de suas palavras e destacou a música como a melhor
forma de divulgação ampla do texto. “Não podemos considerar que os direitos humanos
já são algo garantido. É um trabalho em que cada geração tem responsabilidade específi-
ca. Assim, traduzir os artigos da Declaração de uma forma interessante para os jovens é
muito importante”.
Além do videoclipe e da música, a campanha conta com outras peças de comunicação
para mídia impressa e digital.
Videoclipe
Com conceito minimalista, o videoclipe traz situações retratadas por diversos persona-
gens que revelam violações de direitos e problemas mundiais, e traduzem os direitos
humanos a serem afirmados pela sociedade. O refrão da música enfatiza que os direitos
são devidos a todas e todos que assistem ao clipe: “São seus direitos, são seus direitos!”,
destaca a letra.
Além da rapper Karol Conka e da cantora Daniela Mercury e sua esposa, Malu Mercury,
a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson,
participou do videoclipe. Nenhuma delas cobrou cachê. A maioria dos atores e das atrizes
presentes no clipe também foram voluntários.
A agência de publicidade Fields Comunicação e a produtora Vapt Filmes apoiaram o pro-
jeto e não cobraram honorários de produção.
Conselheiros
A sessão solene contou com a participação dos conselheiros do CNMP Gustavo Rocha,
Valter Shuenquener, Luciano Maia, Sebastião Caixeta, Silvio Amorim, Lauro Machado e
Leonardo Accioly, além da secretária-geral do Conselho, Adriana Zawada. Na tribuna, es-
tiveram embaixadores de países europeus, membros do Ministério Público e represen-
tantes da ONU.
Gustavo Rocha, que também é o ministro dos Direitos Humanos, falou que, com o poder
da música, a Declaração vai chegar a pessoas que normalmente não são atingidas pela
liturgia jurídica. “Essa iniciativa deve ser louvada. Certamente, como dizem os jovens, o
videoclipe vai bombar nas redes sociais e os 30 artigos do documento ficarão mais co-
nhecidos”. Já Valter Shuenquener destacou que os direitos humanos são o centro gravi-
tacional da Constituição Federal de 1988 e devem sempre ser respeitados. “Essa é a única
forma de garantir o direito de pertencer a uma comunidade política”.
Luciano Maia abordou o contexto histórico que originou a Declaração. “Após inúmeras
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