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ARTIGO
Socialismo: o fracasso de
uma ideia trágica
O
primeiro patrimônio do ser humano é seu
corpo, que, em uma sociedade civilizada,
ninguém pode agredir nem escravizar. A
única exigência contra o direito de domínio sobre
seu corpo é que o indivíduo respeite o mesmo direi-
to de seu semelhante e, não o fazendo, seja proces-
sado, julgado e punido nos termos de lei que asse-
gure o devido processo e o direito de defesa.
O segundo patrimônio humano é o direito de apro-
priar-se livremente do que é produzido por seu cor-
po e sua mente, obedecidas as leis e as normas de
convívio social. Assim, esse segundo patrimônio é o
direito de apropriar-se livremente dos frutos de seu
trabalho, cuja único meio que um sistema social tem
de fazê-lo é pela garantia do direito de propriedade.
No mundo antigo, escravo era aquele que não tinha
o direito de posse e cujo trabalho para outrem ti-
nha como recompensa apenas a comida, a cama e o
teto. Negar ao ser humano o direito de propriedade
é transformá-lo em escravo de outro ser humano,
como era em Roma, ou transformá-lo em escravo
do Estado, como é no socialismo. O maior pecado
do socialismo é a destruição da “humanidade” que
existe no indivíduo, ao negar-lhe usufruir dos frutos
de seu trabalho, muitas vezes, pela via do assassi-
nato do homem, como fizeram todas as ditaduras
socialistas, sem exceção.
Uma questão que intriga é: por que surgiu a ideia
socialista? Isto é, um regime sem direito de proprie-
dade privada dos meios de produção? Karl Marx não
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