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Pioneirismo
“Nós, mulheres, acabamos sendo pioneiras
em certas coisas. E qual a responsabilidade
que vem com isso?”, questionou Marilena.
A advogada ressalta que as mulheres preci-
sam ter responsabilidade em cuidar do que
foi construído e trabalhar para aperfeiçoar
para que as próximas gerações possam en-
contrar um mundo mais equilibrado e jus-
to. Para a vice-presidente da OAB Paraná,
o papel da mulher na carreira jurídica deve
ser sempre valorizado. “Tenho certeza que
sairemos transformados quando abrirmos
espaço para essa discussão”, destacou.
Rompendo barreiras
Para a procuradora de Justiça Mônica Azeve-
do, a percepção do tratamento diferenciado
das mulheres no ambiente jurídico vem como
tempo. “Há uma dificuldade para amulher ser
reconhecida com sua competência”, afirmou.
A procuradora apontou a precariedade com a
qual as instituiçõesde Justiça tratamaquestão
da igualdadedegênero. “Somenteem2012 foi
instituídoumgrupodeestudode igualdadede
gênero noMinistério Público e, apesar de a Lei
Maria da Penha estar completando 13 anos,
seguimos tratando como algo perturbador e
os índices de violência só crescem”, explicou.
Mônica elogiou a iniciativa do IAP de abrir es-
paçopara a discussão sobre opapel damulher
na sociedade e sugere que os outros Institutos
dos Advogados façam o mesmo. “Não pode-
mos mais fingir que não existe diferença no
tratamento às mulheres. O grande desafio é
assegurar os direitos que já conquistamos”.
MULHERES NO DIREITO