Revista Ações Legais - page 18

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advogado. É um projeto que vamos tentar resolver nesta próxima gestão.
E em relação ao ensino jurídico?
Na área do ensino jurídico vamos combater o ensino à distância, o curso de tecnólo-
gos jurídicos, a proliferação de novos cursos de direito e fiscalizar aqueles já existen-
tes. Se necessário, pretendemos judicializar aqueles que não preenchem os requisi-
tos, no sentido de obter a qualidade necessária ou o fechamento dos cursos que não
têm condições, estrutura e corpo docente qualificado para fazer a prestação destes
serviços tão relevantes para a formação do futuro profissional. Vamos nos aproxi-
mar das faculdades, no sentido de levar noções de ética, de prerrogativas. Faremos
um canal de ligação, preparando o profissional que vai vir ao mercado.
Qual será a postura da próxima gestão em relação às demandas do Judiciário?
Com relação ao nosso relacionamento com o Judiciário, queremos muito diálogo. Va-
mos propor a criação de um fórum permanente entre a advocacia e o judiciário, que
se reúna pelo menos uma vez por mês ou até mais, se necessário, onde possamos
debater as dificuldades da justiça, não só da advocacia. Nós lavaremos os nossos
anseios, aquilo que precisa mudar. Espero que tenhamos este espaço com o pessoal
do tribunal. Essa é uma experiência que vi em algumas Caravanas de Prerrogativas,
o Rio Grande do Sul faz isso, e vamos levá-la também para o interior do Paraná. Es-
peramos que esta ideia frutifique também nas subseções. É importante que a gente
tenha esta forma de se relacionar com diálogo, conversa, com uma mesa de propos-
tas onde possamos realmente debater a advocacia e pensar também na população,
no jurisdicionado que é o destinatário de todas as nossas ações. Precisamos que o
jurisdicionado tenha uma advocacia de qualidade, que tenha uma justiça de qualida-
de. Quem sai ganhando é o destinatário final que é a razão da nossa existência, é a
sociedade e o cidadão.
Durante as eleições, esteve em debate a redução do valor da anuidade,
inclusive com propostas de anuidade zero pela chapa concorrente. Qual a
sua postura sobre o tema?
A Ordem sobrevive exclusivamente das anuidades. O Paraná pratica a menor anui-
dade dos três estados da região sul e é a menor em relação a muito estados da fe-
deração. A segunda menor do Brasil. Evidentemente, portanto, que já pensamos na
situação do advogado iniciante, do advogado com mais tempo de trabalho, enfim,
na advocacia. O que temos que entender é que quando renunciamos a uma recei-
ta, estamos sobrecarregando outra parcela da advocacia. Então não podemos fazer
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