Revista Ações Legais - page 8-9

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DIREITOS HUMANOS
MPPR apresenta pesquisa com
estudantes da rede estadual
R
epresentantes do Ministério Público do Paraná apresentaram aos secretários es-
taduais da Educação e da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos as conclusões do
“Diagnóstico da percepção dos jovens em Direitos Humanos”, levantamento feito
com perto de 15 mil alunos das escolas estaduais e que traz informações importantes so-
bre o entendimento dos adolescentes a respeito de temas como democracia, igualdade,
racismo, bullying e violência doméstica, entre outros. O MPPR vai utilizar os dados para a
criação de projetos relacionados às áreas de Educação e Direitos Humanos.
A grande maioria dos estudantes paranaenses de ensino médio que frequenta a rede
pública de ensino é favorável aos direitos humanos e tem interesse em entender melhor
questões relacionadas ao tema. Em números: 82% são favoráveis à pauta e 71% estão inte-
ressados em saber mais a respeito. Os dados integram o estudo.
Fonte: Assessoria de Comunicação - MPPR
O trabalho foi realizado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de
Proteção aos Direitos Humanos, do MPPR, com suporte da Escola Superior do Ministério
Público do Paraná. Na última sexta-feira, 1º de março, o procurador de Justiça Olympio de
Sá Sotto Maior Neto e os promotores de Justiça Rafael Osvaldo Machado Moura e Ana
Carolina Pinto Franceschi, que integram o Caop, apresentaram a conclusão da pesquisa
aos secretários estaduais da Educação, Renato Feder, e da Justiça, Trabalho e Direitos
Humanos, Ney Leprevost. O promotor de Justiça Eduardo Cambi, da Escola Superior do
MPPR, também participou do encontro.
“Considerado o objetivo do sistema educacional de preparo para o exercício da cidadania,
nossa intenção, com a indispensável participação das Secretarias de Educação e de Justi-
ça, Trabalho e Direitos Humanos, é de ver ampliados os espaços que tratem de educação
em Direitos Humanos, dando-se prioridade nesse momento aos alunos da nossa rede
pública estadual”, diz Olympio, coordenador do Centro de Apoio. Segundo o procurador,
o MPPR vai utilizar o levantamento na gestão estratégica institucional para a criação de
projetos relacionados às áreas de Educação e Direitos Humanos.
Para o promotor de Justiça Rafael, o resultado do levantamento impressionou porque
indicou que os estudantes reconheceram o direito à igualdade como o mais importante
e o mais violado: “Chamou nossa atenção a percepção dos adolescentes a respeito do
direito à igualdade, que por eles foi apontado como pauta prioritária, superando outros
direitos humanos tradicionais, como saúde, segurança pública, moradia, etc., bem como
a opinião deles sobre a falta de abordagem no ambiente escolar paranaense de muitos
temas de direitos humanos, apesar de alguns deles serem de ensino obrigatório por lei”.
Direitos fundamentais
Questionados sobre quais os direitos humanos mais importantes, os jovens destacaram o
direito à igualdade, à vida, à educação e à saúde, sendo o primeiro indicado como o direi-
to “mais desrespeitado no Brasil”. As áreas que deveriam ser tratadas como prioritárias
pelos órgãos competentes, segundo a maioria dos entrevistados, são “abuso e explora-
ção sexual de crianças e adolescentes”, “discriminação racial” e “violação de direitos das
mulheres” (podiam escolher até três temas). Também indicaram que a principal fonte de
informação sobre a matéria são blogs, páginas da internet e jornais escritos (35,2%) e ati-
vidades escolares (27,8%).
Para a pesquisa, o Centro de Apoio também trabalhou com os temas que são objeto de
ação do Ministério Público na área de direitos humanos, como igualdade de gênero, po-
pulação de rua, migrantes e refugiados, LGBTI, povos e comunidades tradicionais, alimen-
tação e assistência social.
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