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dia da Nossa Senhora do Bom Sucesso, Padroeira da cidade quando de longe conheci o
prefeito, pois ele como “bom” político segurava o andor que conduzia a Santa e fiquei
com medo que soubesse que dentre os presentes: eu era eu. Explico: o homem tem qua-
se dois metros de altura e por não conhecê-lo tenho atrevidamente reclamado do preço
do IPTU e metido o pau na sua péssima administração. Ele com certeza devem saber que
tudo o que escrevo é brincadeirinha. Mas desde então, mesmo ficando em casa, fico ves-
tido com minha armadura.
Afinal, mais vale prevenir do que remediar. Pena que minha vestimenta esteja enferrujan-
do, deve ser a maresia. No mais foi uma temporada perfeita. Escrevo dentro do carro, na
travessia do navio de luxo de uma companhia norueguesa, que faz o longo trajeto de uma
semana ligando Guaratuba a Caiobá, a ex-Divina.
Estou retornando para a Capital, via Paranaguá. Minhas dúvidas? Como estará Curitiba, a
minha querida Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais? O Ratinho já implantou tudo que
prometeu? As finanças do estado já foram colocadas a nu? O Prefeito tapou os buracos
das ruas e avenidas? O Francischini já é o candidato oficial do governo para prefeito? O de-
putado Traiano já se lançou candidato a governador do estado? A Copel já foi vendida? A
arena foi leiloada? Tem algum político ou secretário preso ou foragido? Ou só os mesmos?
O Haddad tem vindo muito a Curitiba e ido a Missa? O Requião voltou da China? O Coxa
foi campeão do mundo? A Gazeta do Povo ainda existe? Tem alguma bicicleta de aluguel
ainda inteira? A Justiça do Trabalho foi extinta? E o prédio foi devolvido à Sociedade Rio
Branco? Puxa, são tantas as indagações que orbitam emminha cabeça enquanto retorno
a minha cidade natal.
Estou ansioso para saber as novidades e transformações que ocorreram de um ano para
o outro; é o que dá ficar muito tempo fora sem ler um único jornal e só ficar ouvindo as
cretinices do “Jornal Nacional”.
A gente se sente um troglodita por tanta desinformação. Sinceramente? Só espero que
Curitiba ainda esteja no mesmo lugar e que o Lula esteja preso a fim de não carregar a
cidade para um depósito qualquer, como fez com o rico acervo do patrimônio nacional
quando deixou o cargo de Presidente da República...
“Voltando para casa, para o ninho, para a poltrona do meu escritório, para varanda onde
vejo o Parque Barigui. Ah! Já estou sentindo falta do azul do mar, do vento refrescante e
da areia quente que queima os pés. É sempre assim: “Ser ou não ser, eis a questão!”
FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO