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Ao falar sobre a importância do IAP no contexto da advocacia paranaense, face à
alta qualificação dos seus associados, Glomb garante que o instituto sempre es-
teve ao lado da OAB Paraná nas causas de interesse da advocacia, do direito e da
sociedade. “Continuaremos apoiando toda e qualquer boa proposta em favor da
advocacia e lutaremos veementemente contra a intenção do presidente da Câmara
Federal, Eduardo Cunha, de extinguir o exame de ordem. Aqui faço um parênteses
e informo que isso traria mais 4 ou 5 milhões de novos advogados despreparados,
em prejuízo daqueles que buscam a Justiça”. O IAP tem um quadro de associados
capaz de contribuir com sugestões e soluções que valorizem o advogado, afirma.
Glomb ainda critica que o imenso número de advogados vem afetando a boa advo-
cacia, por meio da concorrência desleal de colegas, e vê o cenário futuro da advo-
cacia como nebuloso.
Respeito à ética e combate à corrupção
Glomb disse que o país passa por uma crise, com abalo na credibilidade dos nossos go-
vernantes, face às denúncias de corrupção que diariamente são estampadas nos jornais.
“A Operação Lavajato reconhece, por parte de muitos que aderiram à delação premiada,
a grande roubalheira que se instalou no país. Obras sendo superfaturadas, em troca de
contribuição a partidos políticos e a particulares, devem ser rigorosamente verificadas.
Os autores dos delitos, muitos já confessos, devem ser punidos e o valor subtraído deve-
DESTAQUE
rá ser ressarcido aos cofres públicos. É importante que se vá até o fim, nesse e também
em outros desmandos, para que o país torne-se melhor. O IAP estará pronto para esse
desafio e não cederá ummilímetro no que tange ao respeito à ética, ao combate à corrup-
ção e na melhoria do funcionamento das nossas instituições”, destaca.
Também conselheiro federal da OAB Paraná, Glomb lamenta que vivamos num país onde
se tornou regra levar vantagem em tudo. A corrupção é um mal a ser combatido perma-
nentemente, de forma dura e sem tréguas. A coragem daqueles que, ao exercer a sua
profissão, fazem o máximo para limpar o Brasil, deve ser enaltecida. Cita como exemplo
o juiz Sérgio Moro. “Naturalmente deve ser observado o devido processo legal, com as
garantias constitucionais. Enfrentar esse turbilhão bilionário não é tarefa para qualquer
um e essa obstinação acaba por desagradar algumas pessoas, o que é compreensível sob
a lógica de quem se defende. Aliás quem defende, deve usar de todos os argumentos e
estratégias legítimas na defesa do seu cliente”, enfatiza.
Implantação do processo virtual
Glomb avalia que esse retorno à presidência do IAP (ele já presidiu o instituto de
2009 a 2011), é uma espécie de pagamento da promissória que deixou ao não cum-
prir o primeiro mandato integralmente (pois deixou o cargo ao ser eleito presiden-
te da OAB Paraná). Também é uma generosidade dos seus colegas associados. “De
2011 a 2015, a advocacia se transformou muito. Há toda uma celeridade na implanta-