125
como técnicas avançadas em investigações criminais, uso de tecnologias e software para
a persecução, bases normativas e boas práticas para equipes conjuntas de investigação.
O seminário, que faz parte de uma série de iniciativas previstas nesse projeto, reuniu
também autoridades brasileiras que têm se debruçado sobre o tema e conquistado im-
portantes resultados com a cooperação internacional, entre elas, o secretário de Coope-
ração Internacional da PGR, procurador regional da República Vladimir Aras; o adjunto,
procurador da República Carlos Bruno Silva; a subprocuradora‐geral da República e re-
presentante da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão (CCR) Maria Hilda Marsiaj Pinto; a
procuradora regional da República e representante da 2ª CCR Márcia Noll Barboza; o pro-
curador da República e integrante da força-tarefa Lava Jato, Paulo Roberto Galvão, entre
outros. A 2ª e 5ª CCRs são especializadas, respectivamente, na área criminal e no combate
à corrupção.
De acordo com o chefe do escritório britânico de investigação de fraudes graves, o SFO
trabalha em estreita colaboração com autoridades estrangeiras para investigar e proces-
sar suborno e corrupção internacionais. A recente iniciativa apoiada pela embaixada britâ-
nica e implementada pela agência governamental GovRisk (The International Governance
& Risk Institute) permitiu o compartilhamento de melhores práticas e experiências. “Este
trabalho conjunto permitirá o intercâmbio de informações e inteligência com a PGR, que
ajudará ambas as jurisdições na luta contra casos graves e complexos de fraude, propina
e corrupção", afirmou Brown.
O secretário de Cooperação Internacional Vladimir Aras agradeceu à Embaixada Britânica
a aprovação do projeto e ratificou: ''Nosso objetivo é discutir boas práticas na luta contra
a corrupção e o crime organizado, notadamente no campo da individualização da pena,
do princípio da oportunidade da ação penal, dos acordos de leniência e do confisco pa-
trimonial, por meio da extinção de domínio”, disse. Aras afirma, no entanto, que o Brasil
ainda tem muito a trilhar no campo da cooperação internacional, “especialmente na for-
mação de equipes conjuntas de investigação e nas procuradorias de ligação, temas nos
quais o Reino Unido está mais avançado".
Os resultados da Lava Jato são os principais exemplos bem-sucedidos do trabalho de
cooperação internacional. Em três anos, a operação realizou 183 pedidos de cooperação
internacional com 42 países. Desse total, 130 pedidos ativos de cooperação a 33 países e
53 passivos recebidos de 24 países.
Para o procurador Paulo Roberto Galvão, seminários dessa envergadura reforçam a im-
portância de se intensificar este tipo de trabalho, fundamental na expansão das inves-
tigações e na obtenção de provas no exterior. “A cooperação internacional é um dos