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ARTIGO
O Brasil em queda livre
Q
uando analisamos a estrutura de um país,
procuramos ter a percepção de um quadro
pluralista que abranja as questões sociais,
morais, econômicas e políticas. Depois do Carnaval,
festa que provavelmente anestesiou os problemas
da nação, sinto-me indignado, para não dizer per-
plexo, em relação ao que é hoje o Brasil em todos
os sentidos, e penso, em uma mistura de receio e
desesperança, no que poderá ser este país daqui a
uns anos.
Do ponto de vista social e moral, vivemos uma era
em que o reflexo da corrupção − segundo os petis-
tas relegada a nós como uma “herança maldita”,
mas desta feita deixada por eles mesmos − influen-
cia, numa cadeia degradante, todas as virtudes que
um povo deve ter.
A violência perpetrada por marginais sem o menor
pudor em cometer homicídios por motivos torpes
cresce a cada dia. Nossa legislação é fraca demais
para coibir a bandidagemque, no âmago do seu des-
respeito às Leis e instituições, se ampara no exem-
plo corrupto da política para legitimar seus deside-
ratos.
Já no campo econômico, que norteia o futuro de to-
das as segmentações acima elencadas, temos a notí-
cia de que o Brasil, em uma lista de 38 países, teve o
pior Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, segundo
ranking de desempenho da agência de classificação
de risco brasileira Austin Rating, ou seja, o nosso PIB
caiu 3,6% em relação ao ano anterior, sendo que a
economia já havia recuado 3,8%! Essa sequência de
dois anos seguidos de baixa só foi verificada no Bra-