Revista Ações Legais - page 70-71

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ARTIGO
A reforma trabalhista e o
movimento associativo
Por Rommel Barion, empresário
V
ivemos ummomento de incertezas políticas e
econômicas no Brasil. Recentemente, entrou
em vigor Reforma Trabalhista, com a promes-
sa de contribuir para a geração de mais empregos e
de modernizar o sindicalismo no país. No entanto,
com o fim do imposto sindical, a previsão é que a ar-
recadação dos maiores sindicatos do país tenha que-
da de mais de 60%, segundo o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea).
Com essas mudanças, o movimento sindical e asso-
ciativo terá que passar por adaptações, como o re-
ajuste de valores de sindicalização e a ampliação de
ações que aumentem a atratividade e a representa-
tividade das entidades. Para os sindicatos patronais,
será fundamental esclarecer às empresas sobre a im-
portância do movimento associativo.
Para o setor alimentício, bem como para outros se-
tores da indústria, nunca foi tão importante os em-
presários estarem unidos e organizados em prol da
defesa de suas necessidades e interesses. É por meio
do movimento associativo que poderão garantir a
mobilização e a liderança dos empresários do setor
em defesa da melhoria do ambiente de negócios no
país.
Para reforçar esta necessidade, a Confederação Na-
cional da Indústria (CNI), em conjunto com as asso-
ciações setoriais de âmbito nacional, lançou a cam-
panha Faça Parte do seu Sindicato Empresarial, que
visa a esclarecer o setor sobre a importância de man-
ter-se forte e unido. Isto porque são os sindicatos
empresariais que reúnem os empresários, escutam suas demandas e os representam,
conduzindo-os a um caminho de fortalecimento e desenvolvimento.
A campanha lista cinco razões para fazer parte do movimento associativo, que são: a re-
presentatividade dos sindicatos empresariais perante o governo, a liderança nas negocia-
ções coletivas, o fornecimento de informação de qualidade, a oferta de serviços para tor-
nar a indústria mais competitiva e a promoção da integração e da troca de experiências
entre os empresários. Os desafios são muitos, mas, apenas se os empresários da indústria
paranaense e de todo o Brasil estiverem unidos e organizados é que conseguirão ser mais
fortes e atuantes, especialmente neste momento.
"O movimento sindical e associativo terá
que passar por adaptações, como o reajuste
de valores de sindicalização e a ampliação
de ações que aumentem a atratividade
e a representatividade das entidades"
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