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tra o Dr. Silvana, Super-Homem, Capitão América, Batman e Robin. Fora outras revistas
cujos títulos minha memória apagou. Vale ainda registrar de uma época não muito remo-
ta, as fantásticas revistas do espetacular Ziraldo (Saci-Pererê e a Turma do Pererê) e o
estupendo Maurício de Sousa (Mônica, Cebolinha, Magali e a Turma da Mônica).
Também figuravam nas bancas as revistas: O Bozo, O Recruta Zero, O Frajola, Tico-Tico
(Vovô Felício) e Os Três Patetas. E ganhar ou comprar uma única revista era a alegria da
semana inteira, pois os pais eram comedidos nos gastos, pois o dinheiro era pouco. E
quando era possível juntar alguns gibis o melhor mesmo era trocar por outros e não tinha
melhor lugar do que na fila ou até dentro do Cine Curitiba, na Rua Voluntários da Pátria.
E com menor movimento de pessoas, mas possível realizar o escambo, bastava ficar na
frente do Cine América, alguns metros distantes do primeiro cinema. E às vezes alguém
ofertava para troca revista em terceira dimensão, tendo como acessório um óculos de
papelão com “lentes” de plástico, uma da cor vermelha e a outra da cor verde. Estas edi-
ções permitiam que o seu dono trocasse uma delas por cinco gibis tradicionais. E não fal-
tava disputa nas trocas prevalecendo daí a solução através da lei da oferta e da procura.
As matines de domingo no Cine Curitiba eram concorridos não só pelos “trocadores de
revistas” como, principalmente, porque em uma só sessão passavam dois filmes e o epi-
sódio de um seriado (Falcão Negro, Charlie Chan, etc). Hoje em dia as crianças não cul-
tivam o hábito de ler gibi (muito menos os adultos), pois os aparelhos eletrônicos e os
desenhos que são transmitidos pela TV, por serem mais coloridos e barulhentos, atraem
muito mais as atenções e não exige pensar. Os gibis diminuíram de tamanho e os “ve-
lhos” heróis foram sepultados.
É nos filmes de Hollywood que hoje em dia o público de “histórias em quadrinhos” se vale
para assistir enredos mais bem engendrados, com cenários aprimorados por imagens
computadorizadas e com som de primeira, onde figuram alguns heróis de ontem junto
com os exagerados mutantes de hoje.
E as arrecadações nas bilheterias são as verdadeiras galinhas dos ovos de ouro. Claro que
são reflexos da modernidade e dos novos tempos. Ah, mas eu confesso que gostaria de
voltar no tempo, para ler as aventuras do Bolinha disfarçado do detetive Aranha, seguin-
do as pistas do “criminoso” que sempre era o pai da Luluzinha. Era muito mais divertido,
eu acho...
“Ler gibi era um meio de despertar o gosto pela leitura. Tinha heróis e histórias para to-
dos os gostos. Fazia parte da diversão de uma geração que fazia da imaginação
o néctar da vida!”
FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO
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Por Edson Vidal
B
ons tempos em que as bancas de jornal e revistas exibiam para a venda uma varie-
dade enorme de gibis que fascinavam crianças e adultos. E foram tantos os heróis
das revistas em quadrinhos que habitavam o imaginário infantil.
O genial Walt Disney com seus artistas gráficos apresentavam as aventuras do Pato Do-
nald, sua namorada Margarida e os três sobrinhos endiabrados: Huguinho, Zezinho e Lui-
zinho. E em cada história aparecia o milionário Tio Patinhas, o sortudo Gastão, a Vovó
Donalda, o cachorro Pluto e a Clarabela.
E para quem gostava de histórias de polícia e de mistério lia as aventuras do Mickey, Pate-
ta, Minnie, João Bafo de Onça e os irmãos Metralhas. E para os amantes do “bang-bang”
tinha gibis do Hopalong Cassidy, Black Diamond, Gene Autry, Roy Rogers, Durango Kid,
Zorro e Buck Rogers.
E para os mais exigentes e requintados a leitura preferida era do Fantasma, Nick Holmes
e Mandrake. Os que gostavam de aventuras no espaço não havia nada melhor do que o
Flash Gordon; e nas selvas o Tarzan com a sua namorada Jane e a macaca Chita.
Nossos super-heróis festejados eram o Capitão Marvel (Billy Batson) sempre na luta con-
FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO
Histórias em quadrinhos