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ARTIGO
Reforma da Previdência no
Brasil, análise comparativa
A
companho este assunto há décadas e gos-
taria de comentar que o nosso sistema de
previdência – INSS, já nasceu falido. Este
sistema surgiu em 1961, com a junção de vários ou-
tros institutos: IAPI, IAPETEC, IAPC, etc.
A intenção à época foi consolidar o sistema, mas
em vez de criar um verdadeiro programa previden-
ciário, onde as contribuições teriam como objeti-
vo a constituição de um fundo (com investimentos
imobiliários, títulos, etc.), este que suportaria as
aposentadorias futuras, as contribuições a partir
de então passaram a fazer parte do caixa (do Te-
souro) que o utilizou para outras necessidades, e
não como reserva para fazer face às aposentado-
rias futuras dos contribuintes. Hoje em dia a pre-
vidência causa rombos anuais que, em 2016 foi de
R$ 150 bilhões (número arredondado) e, em 2017,
a previsão é de R$ 190 bilhões.
Estes números comprovam sua falência e, se nada
for feito, vamos falir o Brasil. Por difícil que possa
parecer não se trata mais de direitos adquiridos,
mas sim de sobrevivência de um sistema que, bem
ou mal, atende hoje 20 milhões de aposentados
(19 milhões da iniciativa privada e 1 milhão de fun-
cionários públicos federais).
Em 2016 o gasto do governo com a previdência foi
de R$ 500 bilhões, com uma arrecadação de R$ 350
bilhões, portanto um déficit de R$ 150 bilhões. Os
gastos previdenciários já representam 22% de tudo