Revista Ações Legais - page 135

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ESPAÇO DAS LETRAS
de enfrentar a dura sensação de vazio que assola a existência”.
Sobre o autor: Luiz Felipe Pondé, filósofo, escritor e ensaísta, é doutor pela USP e pós-
-doutor pela Universidade de Tel Aviv (Israel). Autor de vários livros, ele é professor da
FAAP e da PUC-SP, colunista da Folha de São Paulo e comentarista da TV Cultura. Publi-
cou pela Editora Planeta os best-sellersFilosofia para Corajosos e Amor para Corajosos.
A BÚSSOLA E A BALANÇA
Maria Lúcia de Arruda Aranha, Editora Moderna, 80 páginas,
R$ 46,00
No dia a dia é comum enfrentarmos situações nas quais nos
sentimos vítimas de injustiça. Seja escutando o noticiário da
televisão, seja em nossos vínculos pessoais, um fato consi-
derado desonesto, pode gerar revolta, tristeza e até senti-
mento de vingança. Por isso, é importante sabermos agir pe-
rante os momentos de impotência e incompreensão. Nesse
sentido, a autora Maria Lúcia de Arruda Aranha, graduada
em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), oferece aos jovens leitores A bússola e a balança,
obra que busca ajudá-los a distinguir o bem do mal e o justo
do injusto, por meio da discussão sobre a importância da construção da justiça.
O livro, que ganhou segunda edição pela Editora Moderna, faz uma metáfora com a
função de orientação da bússola e do papel da balança, e as atitudes que devemos ter
quando nos deparamos com um fato injusto. Segundo a escritora, os cidadãos devem
ter uma bússola interna guiada por valores éticos para nortear suas atitudes, e também
uma balança metafórica, para 'pesar' as situações, com base no conceito de justiça, e
nos aspectos morais e políticos. Essas ações podem levar a um mundo mais igualitário,
em que as pessoas tenham oportunidades iguais na sociedade.
No decorrer da obra, Maria Lúcia vai apresentando didaticamente, conceitos como di-
reitos humanos, participação cidadã, ação civil pública, assim como, a importância das
leis, o poder da polícia civil, o estatuto da criança e do adolescente, maioridade penal,
linchamentos, problemas das prisões, crimes cibernéticos, noções dos três poderes e
etc. O exercício dessa discussão tem por objetivo desenvolver a capacidade de reflexão
e de diálogo dos jovens, e não pretende determinar de antemão o que é justo ou injusto.
Recheados de ilustrações, as obras são ideais para o uso em sala de aula e fazem parte
da série Aprendendo a Com-Viver que estão sendo reformuladas, com novo projeto grá-
fico e capa. São títulos que estimulam as discussões sobre ética e cidadania, tão impor-
tantes para a educação de valores.
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