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de iluminação deste trecho da Rua Treze de
Maio”, avaliou Leonor Menezes, síndica do
prédio 13 de Maio.
Para Osmar Carboni, vice-presidente da
APAP/PR - Associação Paranaense de Artis-
tas Plásticos, “a obra de Vidal é uma discus-
são atual, uma temática de sustentabilidade.
Para onde vamos, o que somos”.
Acompanhado por Vidal, o músico e compo-
sitor Danilo Caymmi esteve em Curitiba na
semana anterior a inauguração e conheceu
a obra em primeira mão: “Um magnífico e
espetacular mural na cidade de Curitiba que
vem acrescentar muito ao ambiente urbano.
Uma homenagem sincera a um tema contun-
dente como a mobilidade urbana. Todo esse
trabalho me deixa muito feliz e eu só me lem-
bro de ter visto uma iniciativa pessoal desta
magnitude apenas em Curitiba”.
Depoimentos
Catarina Kletenberg e Gisah Camarosk, mãe
e filha, foram até o local e afirmaram que
moram no bairro Ahú e costumam passar
pelo viaduto várias vezes na semana. “Fica-
mos muito curiosas para saber o que estava
por trás do pano azul. Há muito tempo não
acompanhamos a inauguração de uma obra
de arte na cidade. Estamos acostumadas a
frequentar todos os eventos culturais. Curi-
tiba precisa deste tipo de iniciativa", confir-
mou Gisah, administradora.
O professor de educação física Juarez Santos
acentuou que o mural “é muito colorido, traz
alegria para essa região”.
A enfermeira do Samu, Giovanna de Paula,
INTERVENÇÃO
bens Nemitz Jr, estará disponível para con-
sulta online na Casa da Memória da Funda-
ção Cultural de Curitiba.
O Mural Mobilidade Urbana, iniciativa de
LG Vidal em parceria com a Elejor, levou 8
anos para ficar pronto. Com um desenho
ousado, ele convida as pessoas a refletirem
sobre o tempo e a mobilidade no passa-
do, o presente e o futuro. É uma obra para
olhar, olhar de novo, sentir e refletir.
Com o mural, Curitiba retoma a vocação de
cidade muralista, berço de grandes artistas
como Poty Lazzaroto. Vidal faz referência
a Poty ao utilizar a mesma técnica que, ao
contrário do que se imagina, é extrema-
mente morosa: “foram mais de 1.100 horas
de forno para que os 1.250 azulejos do mu-
ral estivessem preparados e com o pigmen-
to e proteção adequadas para resistir às in-
tempéries”, contou o artista.
“É uma área importantíssima do setor his-
tórico da capital e que recebeu uma com-
pleta renovação. Além de embelezar o edi-
fício, o mural resolveu um antigo problema