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Isso não vale apenas para a Justiça do Trabalho, vale até mesmo para a Justiça Comum".
Na mesma linha, a advogada Marilena Indira Winter (vice-presidente da OAB-PR) afirmou
que os que viveram o período em que a Justiça do Trabalho foi acumulada com a Justiça
Comum "conhecem os efeitos deletérios da unificação dessas esferas".
A advogada Christhyanne Regina Bortolotto (secretária-geral adjunta da OAB-PR), pon-
tuou que todos os operadores do Direito que frequentam o ramo trabalhista sabem da
importância da instituição. A advogada ressaltou que o Brasil é campeão de acidentes de
trabalho, mesmo com toda a legislação existente. "Imagine se nós afrouxarmos as nor-
mas. Portanto, nós não estamos neste ato nem para defender o empresário nem para
defender os trabalhadores. Nós estamos aqui para defender a Justiça".
A ABRAT foi representada pela advogada Clair da Flora Martins, que destacou a necessi-
dade de conscientizar a sociedade sobre a relevância da Justiça do Trabalho no contexto
nacional e internacional. Afirmou: "Temos que estar unidos para preservar essa institui-
ção e os direitos sociais" e frisou ainda que, ao contrário do que muita gente imagina, os
direitos sociais e as ações trabalhistas não prejudicam a rentabilidade ou a preservação
das empresas, e que "os fatores que prejudicam são os juros altos, os impostos, o cresci-
mento deficitário do PIB, a oscilação da economia e a má distribuição da renda".