ARTIGO
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Por Ana Paula Siqueira Lazzareschi de
Mesquita, advogada e coordenadora do
programa jurídico educacional “Proteja-
se contra prejuízos do Cyberbullying
apoio aos profissionais das escolas para lidar com estes temas (inclusive capacitando-os
para agir dentro de seus próprios lares) e, sobretudo, ter plena consciência do dado que
deve basear todas as ações, mesmo entre estudantes adultos.
No Brasil, 24,7 milhões de crianças portam celulares para acessar a Internet, projeta pes-
quisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informa-
ção (Cetic.br). Essa informação pode, de um lado, como temos visto, suscitar inúmeras
ações de bom uso dos dispositivos e aplicativos, acompanhado de discurso sobre seu
papel na educação e no fortalecimento das relações sociais.
No front da sala de aula, a pegada vai além. Por inúmeras razões que não cabem neste
espaço, o que se ressalta é o mau uso. Jovens que não se desconectam, com uso abusivo
e viciado, incapazes de foco nos estudos, torturados por ansiedades além do normal, de-
satendidos por pais, necessitados, no fundo, que se importem por eles com eles.
Na educação fundamental e ensino médio formamos e deformamos crianças e adoles-
centes – é importante que a escola se posicione a favor dos alunos e da lei, sob pena de
responsabilização civil da instituição de ensino e criminal dos administradores escolares.