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também estão nas atividades do projeto e acompanharam a realização do dossiê.
O presidente da OAB Paraná, Juliano Breda, destacou que a Ordem tem trabalhado de
forma dedicada para a valorização, proteção e defesa da mulher e das outras vítimas de
preconceito de gênero. “Chegou o momento em que todas as barreiras, todos os precon-
ceitos devem ser eliminados da nossa sociedade. Nós precisamos, de uma vez por todas,
tornar efetiva a prescrição da Constituição Federal, que afirma que a sociedade brasileira
deve se desenvolver sem qualquer tipo de preconceito, deve se constituir de forma justa.
E a justiça depende efetivamente da igualdade entre todos os seres humanos. Devemos
sempre destacar a força das mulheres, principalmente em situações de grande vulnerabi-
lidade”, disse.
De acordo com Priscilla Placha Sá, os encontros e as pesquisas realizadas em dois grupos
de estudo demonstraram que as violências estão em vários temas. “No sistema carcerá-
rio, isso se evidencia mais fortemente, criminalizando alguns aspectos commais severida-
de como: as traficantes, as loucas e as trans. Mas o sistema penal reproduz os discursos
de sexo, de classe e de raça. Reproduz, inclusive, quando as mulheres são vítimas de cri-
me. Para ser vítima de crime, é necessário ter um perfil próprio”, explica, na apresentação
do dossiê.
A primeira ação do “Mulheres pelas Mulheres” foi realizada no Dia Internacional da Mu-
lher em 2014 e teve como objetivo evidenciar um dos grupos de mulheres que reúnem em
si múltiplas opressões: as privadas de liberdade. “Fomos, naquele momento, ao encontro
das mulheres privadas de liberdade, pois os muros que as separam de todas as mulheres
e de toda a sociedade são mais concretos, cruéis e reais. Lá nas prisões femininas de Curi-
tiba e Piraquara, as mulheres do projeto se encontraram e encontraram ummundo talvez
desconhecido para uma grande parte da população”, conta a coordenadora do projeto.
Conheça o “Dossiê: as mulheres e o sistema penal”.
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