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raná Preto” é provocador e dinâmico e demonstra os conflitos e avanços da luta contra
o racismo e a invisibilidade social. “O livro, produzido inicialmente como um trabalho
acadêmico, ganha seu espaço em meio à literatura que aborda o tema da negritude no
estado e contribui para o debate e diálogo visando à formação de um país multicolorido
e que precisa aprender a respeitar as singularidades que nos constroem de muitas manei-
ras diariamente”, coloca.
Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná possui mais de
dois milhões de pessoas que se declaram pardas e cerca de 300 mil que se declaram ne-
gras. Curitiba é capital do sul do país com maior número de negros e negras, e mesmo
assim, pouco se fala sobre a contribuição deles para a construção da cidade e do estado.
“Para nós, o norte era mostrar que existe gente negra aqui e que essas pessoas são pro-
tagonistas mesmo com todas as dificuldades que enfrentam”, argumentam as autoras.
Maria Carolina e Aline com a editora Eliane Peçanha, da Íthala
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