FIQUE POR DENTRO
Licença social
Seja qual for sua natureza – terceiro setor, familiar, de capital aberto ou não, as empresas es-
tão submetidas hoje a um escrutínio permanente da sociedade. Na palma da mão, a partir de
umsmartphone, as pessoas acompanhamcomo as companhias se comportamemrelação ao
cumprimento das leis, às relações de consumo e à questão ambiental, entre outros aspectos.
A sociedade percebe quando uma empresa está comprometida com a observância de boas
práticas. É o que se chama, no mundo dos negócios, de “licença social” para operar.
“Semesse reconhecimento, uma companhia é séria candidata a perder espaço nomercado e
a desaparecer”, diz Eduardo José Bernini, profissional comum longo currículo como adminis-
trador e conselheiro de grandes empresas.
Seualerta foi apresentadoduranteodebateemtornodo conceitodegovernança corporativa
“Pratique ou Explique”. Em formato de “roda viva”, o evento reuniu dezenas de empresários
e executivos no auditório da Universidade Positivo – Campus Praça Osório. A iniciativa foi do
Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – IBEF Paraná, com apoio da 3G Consultoria –
Governança, Gestão e Gente e do CMT – Carvalho, Machado e TimmAdvogados Associados.
O Brasil só o adotou recentemente, depois de 64 países aderirem ao conceito. “Por que de-
moramos tanto”, perguntou a Bernini o sócio-diretor da 3G Consultoria, o especialista em
governança Gino Oyamada. A resposta tem a ver com a percepção mais recente no país de
que a responsabilidade por atos e decisões de uma empresa cabe a todos, sejam gestores,
conselheiros ou proprietários.
O debate contou com a participação do advogado Rafael Bica Machado, um dos fundadores
do CMT - Carvalho, Machado e Timm Advogados, em que lidera a área societária, e do presi-
dente do IBEF-PR, Claudio Lubasher, executivo que dirige o Hospital Santa Cruz.
Claudio Lubasher, do Ibef-PR, Rafael Bicca Machado, Eduardo Bernini e Gino Oyamada
Foto: Divulgação