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que só tende a crescer. E ao completar três anos, a apuração do maior escândalo de cor-
rupção do país reforça que este é um caminho sem volta e de fundamental importância
para o avanço dos trabalhos realizados tanto no Brasil quanto em outros diversos países.
Até o momento, conforme a Secretaria de Cooperação Internacional (SCI) do Ministé-
rio Público Federal, foram realizados 183 pedidos de cooperação internacional dentro
da Operação Lava Jato, com 43 países. Ao mesmo tempo, 14 destes países forneceram
informações por meio de pedidos ativos e também solicitaram informações por meio de
pedidos passivos de cooperação.
Do total de pedidos de cooperação, 130 são ativos feitos a 33 países e 53 são passivos
recebidos de 24 países. Estes dados sobre pedidos de cooperação internacional incluem
investigações desenvolvidas pela Força-tarefa Lava Jato em Curitiba, pelo Grupo de Tra-
balho (GT) junto à Procuradoria Geral da República (PGR) e pela Força-tarefa Lava Jato no
Rio de Janeiro.
Pedidos de cooperação
Os pedidos de cooperação ativa foram feitos para os seguintes países: Alemanha, An-
dorra, Antígua e Barbuda, Áustria, Bahamas, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos,
França, Gibraltar, Hong Kong, Ilhas Cayman, Ilhas de Guernsey, Ilha de Jersey, Ilhas de
Man, Israel, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Macau, Mônaco, Noruega, Países Baixos,
Panamá, Portugal, Reino Unido, República Dominicana, Rússia, Singapura, Suécia, Suíça
e Uruguai.
Já os pedidos de cooperação passiva foram recebidos dos seguintes países: Andorra, Ar-
gentina, Chile, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Equador, Estados Unidos, França, Guate-
mala, Itália, Liechtenstein, México, Noruega, Países Baixos, Panamá, Peru, Portugal, Rei-
no Unido, República Dominicana, Suécia, Suíça, Uruguai e Venezuela.
A ferramenta vem sendo fundamental para que o Ministério Público Federal (MPF) iden-
tifique contas no exterior que foram utilizadas por muitos dos envolvidos no esquema
de desvio de recursos da Petrobras, sejam corruptos ou corruptores. Outro objetivo da
cooperação internacional é aprofundar investigações sobre a possível participação de
agentes ou representantes de empresas estrangeiras que tenham sido beneficiadas pelo
grupo criminoso que causou prejuízos à estatal petrolífera.
A troca de informações entre as autoridades dos países também permite que o processo
de recuperação de valores identificados no exterior seja mais ágil. Já são alvo de recu-
peração no exterior R$ 756.946.514,87, por meio de acordos de colaboração premiada.
Deste total, R$ 594.069.992,07 já foram repatriados.