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ARTIGO
Foto: Divulgação
Penitenciárias e escolas
N
ão há quem não tenha ficado horrorizado
com as rebeliões ultimamente ocorridas em
vários presídios do nosso país. A forma de
vingança pessoal carcerária lembra imagens da vio-
lência praticada por grupos terroristas como Isis.
Mas até que ponto toda essa violência não é reflexo
puro e simples de um problema maior que vivencia-
mos aqui mesmo no nosso país? Fica claro que a vio-
lência sem uma legitimidade ideológica radical acaba
sendo mais assustadora do que a mais condenável
postura terrorista. Na verdade ambas são, no seu
âmago, fruto do desprezo dos valores humanos. A
diferença é que o terrorismo islâmico tem um pano
de fundo “religioso”, enquanto as chacinas carcerá-
rias são oriundas de um desprezo pelo ser humano,
revelador dos valores morais que permeiam o Brasil,
um dos países mais corruptos do planeta.
Essa vingança carcerária é, sim, fruto de todo um
elenco político corrupto que afeta todos os partidos,
principalmente o PT, que acabou percorrendo o ca-
minho do sonho de um país justo para a infiltração
e o uso da justiça social como pretexto para avançar
no erário público em consonância com alguns seto-
res do empresariado. Vivemos época de violência ge-
neralizada, a sociedade já não acredita no Judiciário
como forma de prover justiça. Fazendo com que a
bandidagem não tema as punições, o espelho da éti-
ca do Poder Público ofusca o provimento jurisdicio-
nal, alargando a percepção da Justiça Pública e pro-
pagando, assim, a impunidade.
Com efeito, como dizem alguns educadores e visio-
nários sociais, deveríamos gastar mais com educa-