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Reis lembrou que a dignidade humana é princípio máximo da nossa civilização e que, por
isso, é evidente que o dano moral não repara. “Ele compensa, numa tentativa de abran-
dar a dor. Mas a essência da reparação do dano moral é tratar de algo imaterial. Não po-
demos estabelecer, como faz a França, uma tabela para o dano moral. Kant diz que tudo
o que tem preço não tem dignidade. E o que tem dignidade não tem preço”, argumentou.
Partindo do princípio de que o dano moral esbarra na questão dos direitos fundamentais,
o professor convidou a todos a refletir questionando: quanto custa a vida, a honra, a ima-
gem, a dignidade? Existe um limite para isso? Para ele, a resposta é não.