Revista Ações Legais - page 50-51

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mo e a recente retomada do protagonismo feminino em diversas áreas, ela reforçou a
importância da mulher como militante do espaço social. “A violência de gênero contra
a mulher tem, de fato, muitas facetas, como bem colocado no tema desse nosso encon-
tro”, disse a procuradora. “Sabemos que as formas de discriminação são várias, algumas
explícitas, como o assédio e a reprodução de estereótipos, e outras dissimuladas, como
a negligência. Que esse evento nos leve à reflexão sobre todas essas questões”, afirmou.
O coordenador do Centro de Apoio, procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior
Neto, destacou que o debate sobre gênero e a participação feminina nos espaços de po-
der são uma constante no MPPR. “Nossa instituição atua no sentido de garantir espaço
de voz e de vez às questões de gênero. Entendemos que a pacificação social e o avanço
civilizatório só serão possíveis com a efetivação dos direitos das mulheres de forma igua-
litária, enfrentando-se discriminações e preconceitos ainda presentes na nossa socieda-
de”, afirmou, comunicando ainda que, ao final do evento, será formulada uma moção de
repúdio pela morte da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Go-
mes. “Trata-se de atentado contra o Estado democrático de Direito. Os tiros executaram
mulheres e homens que almejam um mundo mais justo, fraterno e solidário”, declarou o
procurador.
DIREITOS HUMANOS
Palestra sobre feminicídio
abre evento no MPPR
A
discussão sobre o feminicídio e a Lei Federal 13.104/2015, que incluiu oficialmente
essa qualificadora no regramento penal brasileiro, foi o destaque da abertura do
seminário “Facetas da Violência de Gênero contra a Mulher”. Realizado pelo Mi-
nistério Público do Paraná, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de
Justiça de Proteção aos Direitos Humanos, o evento foi aberto no dia 22 de março, em
Curitiba, com a participação de autoridades, membros e servidores do MPPR e atores so-
ciais que trabalham com questões relacionadas a gênero.
A abertura do encontro foi presidida pela procuradora de Justiça Samia Saad Galoti Bona-
vides, que representou o procurador-geral de Justiça, Ivonei Sfoggia. Destacando ques-
tões como a invisibilidade feminina ao longo da história, os primeiros passos do feminis-
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