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de 2008 e quais os ensinamentos para um escritório de advocacia se manter frente a
concorrência.
“Desenvolvendo procedimentos e uso das ferramentas de KM (Knowledge Manage-
ment) para integrar os profissionais do escritório, promover fontes do conhecimento
específico e engrenar todos para reduzir tempo de elaboração de documentos, por
exemplo; vai impressionar e dar agilidade na solução da dor do cliente, mostrar como
reduziu custos vai criar valor do seu trabalho”, recomendou DiDomenico.
O CCO para as Américas da empresa DHL, Mark Smolik, mostrou como conseguiu re-
duzir o serviço jurídico de 348 escritórios de advocacia no mundo para 19 em menos
de dez anos. “Meu conselho é que todos os escritórios de advocacia entendam que
pensem como empresários, porque estão sendo constantemente avaliados e hoje há
muitas firmas competitivas”, concluiu.
Mark Smolik ainda mostrou como startups americanas, como a QualMetLegal, têm
desenvolvido softwares de métricas de desempenho para que as empresas, no pós-
-recessão de 2008 nos Estados Unidos, tenham informações para a decisão de con-
tratação.
Aliás, as startups deram um show de informação sobre inovações e ferramentas tec-
nológicas, como a Finch, a Digesto, a Justto, a Intelivix e a Optimum. A Thomson Reu-
ters mostrou porque é a mais tradicional empresa de serviços do setor.
Os diretores jurídicos do Santander, Netshoes e Dataprev mostraram quais as opor-
tunidades e as métricas de megaempresas para contratar e manter os escritórios de
advocacia, que não podem mais ser passivos, tem que chegar com soluções jurídicas
e ROI para começar a conversa.
Os sócios do Machado Meyer, Demarest, Mattos Filho e Tozzini Freire, os maiores es-
critórios do Brasil, abriram suas estratégias de tecnologia para promover Gestão de
Conhecimento, Inteligência Artificial e de Negócios como ferramentas para se dife-
renciar e se manter competitivo.
José Paulo Graciotti, um dos organizadores e especialista em Gestão do Conhecimen-
to, conclui que o evento apresentou informações sobre automação, softwares de
gerenciamento e compilação de dados, além da tendência para o mundo jurídico que
mexeu com a maioria dos advogados: “Comparar com o que aconteceu no pós-crise
americana e como as grandes empresas avaliam os serviços faz que o mercado jurídi-
co brasileiro entenda que precisa aprender como usar recursos da inteligência artifi-
cial para ser eficiente e ter reconhecimento do cliente”.