Revista Ações Legais - page 91

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Denise Miranda de Figueiredo, psicóloga
e cofundadora do Instituto do Casal
3. Controle do uso de celulares e e-mails: o (a) abusador (a) controla totalmente os
telefonemas, mensagens, e-mails. Tem acesso total às senhas e decide com quem
a vítima pode ou não se comunicar.
4. Controle sobre a aparência: esse é um sinal bem claro de abuso. Em geral, o (a)
abusador (a) tem poder total sobre as roupas, a maquiagem, o corte de cabelo,
etc.
5. Repreensões públicas: a vítima pode ser constantemente constrangida publica-
mente sobre seus comportamentos.
6. Abuso do poder econômico: em geral, quando o (a) abusador (a) é responsável
pelas finanças do casal, usa esse poder para controlar a vítima.
7. Ameaças constantes: Com a autoestima abalada e sentindo-se insegura, a vítima
pode ouvir frequentemente ameaças, como “você não é ninguém semmim”, “nin-
guém vai querer você”, “você é burra (o)”, “você é feia (o)”, entre outras agres-
sões verbais. Isso inibe que a vítima procure sair dessa situação.
Como pedir ajuda?
“A maior preocupação quando falamos de re-
lacionamentos abusivos, são os casos de vio-
lência psicológica, pois estes não deixam mar-
cas visíveis. Entretanto, além de gerar danos
emocionais importantes na vítima, o abuso psi-
cológico tem o potencial de se transformar em
violência física, podendo levar a um desfecho
trágico”, comentam as psicólogas.
Portanto, a recomendação é procurar ajuda
profissional. Reconhecer a situação é o primei-
ro passo. “A vítima precisa se fortalecer, recu-
perar sua autoconfiança e sua autoestima para
tomar uma decisão. Não é um processo rápido.
É preciso resgatar a identidade, valores, per-
der o medo do (da) agressor (a) e ter seguran-
ça para partir. Nesse processo será importan-
te também entender que um relacionamento
saudável é feito de respeito, autonomia e, aci-
ma de tudo, de amor”, concluem as psicólogas.
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