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FIQUE POR DENTRO
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Direito da Saúde
A Associação dos Advogados (AASP) lan-
çou em seu site a Revista do Advogado
nº 146, cujo tema é Direito da Saúde. São
17 artigos de 25 renomados especialistas
que, em plena época do surto de coro-
navírus, trazem reflexões sobre a pres-
tação dos serviços de saúde e analisam a
questão sob diversos aspectos, desde as
políticas públicas até os caminhos para
solucionar os graves problemas existen-
tes nesta área. A tiragem da edição foi
de 80 mil exemplares.
Oadvogado e professor Regis Fernandes
de Oliveira, coordenador deste núme-
ro da revista, afirma: “Esperamos que a
leitura dos diversos artigos, da mais alta
qualidade e escritos por exponenciais da
cultura jurídica brasileira, possa ajudar a
pensarmos em novas alternativas para
a solução dos diversos problemas que a
área ainda encontra”.
“No ano passado, à época da programação dos temas das edições de 2020, não poderí-
amos prever que o assunto já relevante do Direito da Saúde seria tão oportuno para os
associados e para a sociedade como está sendo neste momento”, afirma Viviane Girardi,
vice-presidente da AASP e diretora da revista.
ARevista doAdvogado é uma publicação trimestral da Associaçãodos Advogados (AASP).
Seu conteúdo editorial tem por objetivo contribuir como fonte de atualização profissio-
nal e é distribuída gratuitamente para os associados. Para conhecer edições anteriores,
acesse:
Ações Legais - Quando recebe um novo cliente, o que você preza nessa relação?
Araujo:
Confiança! Quando o cliente conhece o advogado que está contratando e con-
fia nos seus serviços, tudo flui melhor. O melhor cliente é o que chega até nós com
referências, conhecendo nossa história e a nossa forma de trabalhar. Uma das piores
coisas para um advogado é ter que no meio do processo mostrar seu valor ao cliente.
Isso suga energia, gera ações precipitadas e uma relação instável, cheia de atritos.
Ações Legais - Em relação ao Direito de forma geral, como você vê o acesso das pessoas
aos seus direitos?
O Brasil peca muito no que diz respeito ao acesso à justiça, especialmente das pes-
soas mais vulneráveis. Nosso judiciário, apesar do grande esforço dos servidores e
magistrados está completamente sobrecarregado, especialmente em razão de uma
cultura do litígio que se formou nas últimas décadas. As pessoas se processam por
qualquer coisa, e isso faz com que causas realmente importantes tramitem lentamen-
te por anos, fazendo muitas vezes que direitos fundamentais pereçam.
Ações Legais - Diante do convívio com tantos jovens no meio acadêmico, vendo a ju-
ventude e sua inquietude, o que você aconselha? Aquele conselho que você gostaria de
ter recebido no início ou que recebeu e repassa a eles.
Araujo:
Estabeleça metas muito claras, não pare até conseguir e aproveite o trajeto.
Vejo muita gente perdida, entregando seu destino à sorte, não assumindo as rédeas
da própria vida. Uma meta só é alcançada se é visualizada de forma muito nítida. Al-
guns percalços irão ocorrer, mas se a meta está bem desenhada, você vai superá-los.
Não esqueça de aproveitar o trajeto, ou seja, viver, conhecer pessoas, se divertir,
contemplar, descansar.
Ações Legais - O que o Guilherme gosta de fazer quando não está lecionando ou advo-
gando?
Araujo:
Eu aproveito muito a vida. Sou viciado em trabalho, mas não sou escravo dele.
O meu trabalho serve para que eu possa ter condições de viver e aproveitar a vida, se
não, não tem sentido nenhum trabalhar tanto. Eu gosto de viajar, de ir à praia, ver fil-
mes, séries, ler coisas não jurídicas, estar com os amigos, conhecer restaurantes, pes-
soas, ouvir música. Enfim, acho que tudo o que um jovem de 28 anos gosta de fazer.
ENTREVISTA/PERFIL