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advocacia criminal. Ele reforça que além de buscar por aquilo que se sonha, é importante
seguir os sinais que a vida dá. “A vida dá sinais a todo o tempo. Eu estagiei desde o quarto
semestre da faculdade em um escritório que atuava em quase todas as áreas, menos a
criminal. Mas, algo em mim gostava da área criminal e fora do escritório eu acompanha-
va congressos e palestras, além de seguir referências como o juiz catarinense Alexandre
Morais da Rosa, os advogados Aury Lopes Jr., Jader Marques, Ércio Quaresma, Cláudio
Gastão da Rosa, dentre outros”. Ainda nesse escritório, já formado, um importante clien-
te empresarial precisou de um advogado criminal e então ele pôde atuar no seu primeiro
caso na área. “Eu senti que era a hora, a advocacia criminal estava vindo até mim. Assu-
mimos a defesa, elaborei um habeas corpus e obtivemos o trancamento do processo no
TJSC. Foi meu primeiro caso criminal enquanto advogado”, comenta Araujo.
Em seguida uma sociedade entre amigos e colegas de profissão, resultaria no nasci-
mento do escritório de advocacia, hoje com unidades em Garopaba e Florianópolis, e
mais dois escritórios em fase de abertura nas cidades de Imbituba e Tubarão, em San-
ta Catarina. “Nosso primeiro caso de grande repercussão não demorou a chegar. Um
menino indígena havia sido morto em frente à Rodoviária de Imbituba/SC por um golpe
de estilete. A mídia só falava nesse caso. Estávamos ainda montando o escritório e fo-
ENTREVISTA/PERFIL
Jovem inquieto da
advocacia
A
inquietude na juventude existe
para todos, o que diferencia um ser
do outro nessa fase da vida é como
cada um lida com as suas aflições e para
onde as canaliza. Jovem, Guilherme Silva
Araujo, advogado, empresário e professor,
com apenas 28 anos de idade, usa a sua in-
quietude para fazer a diferença por onde
passa. Guilherme Silva Araujo tem duas es-
pecializações, uma em Direito Processual
Civil e outra em Ciências Criminais, além de
ser mestrando em Direito pela Unesc.
Ainda na infância, Araujo desenvolveu o
hábito pela leitura e assim descobriu o pra-
zer pela informação, pela busca do conhe-
cimento, o que só seria o ponta pé inicial
para instigar o seu jeito inquieto. Ele conta
que a leitura expandiu a habilidade para fa-
lar em público, produzir textos e comuni-
car-se de forma geral. No caminho entre a
adolescência e a juventude, a tarefa de escolher uma profissão a seguir. “Com 15 anos
de idade cheguei a prestar vestibular para Jornalismo na Universidade Federal de Santa
Catarina. Atingi a pontuação necessária para ingressar no curso através do percentual
de cotas de Escola Pública, mas por falta de instrução deixei de preencher tal opção na
hora da inscrição. Foi grande a decepção comigo mesmo pelo erro que me tirou da Uni-
versidade Federal. Alguns meses depois meu pai sugeriu o curso de Direito e então fiz o
vestibular. Entrei meio sem querer”, comenta o advogado.
O Direito e a área criminal
Desde então, Araujo mergulhou no universo do Direito e ousa dizer que foi escolhido pela
Fotos: Divulgação